Disciplina - Geografia

Ocorrência de chuvas

A tempestade que se abateu sobre o Rio de Janeiro na madrugada do dia 06/04/2010, registrou o maior índice pluviométrico no Rio de Janeiro desde que esse indicador começou a ser aferido na cidade, no início do século XX.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os dados indicam que a quantidade foi a mais elevada desde 1962, há 48 anos, quando foi registrado o maior volume em único dia pela série histórica. Já segundo a prefeitura do Rio, o volume registrado bateu o das chuvas de 1966, há 44 anos, quando tempestades também causaram estragos no município.

Causas
O Oceano Atlântico estava 1,5 grau acima da média desta época do ano, o que precipitou o aparecimento de uma gigantesca massa de ar quente e úmido. Uma vez no continente, essa massa se chocou com a mais intensa frente fria do ano, vinda do sul, provocando as fortes chuvas. Nessas condições, tudo indicava que o temporal duraria seis horas, mas ele acabou se estendendo por catorze horas seguidas, graças a ventos de até 60 quilômetros por hora que formavam uma espécie de cortina de ar, impedindo que a frente fria seguisse rumo ao norte. Diz o meteorologista Marcelo Seluchi do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos: “ As origens do temporal no Rio são bem semelhantes às da tempestade que assolou Santa Catarina, em 2008, mas sua intensidade é incomparável”.

Aquecimento global?
Para o meteorologista Igor Oliveira, do Alerta Rio, ligado ao Georio, não é possível associar o fenômeno, que classificou de "atípico", com o aquecimento global, mas também não se pode descartar sua influência.
Para ele, abril deste ano vai ficar marcado. "As chuvas já estão acima do normal comparando com outros meses de abril, então mesmo que daqui para frente chova pouco, isso vai contribuir muito. A situação é anormal, embora haja uma explicação, que é a combinação da frente fria com a atmosfera quente e úmida. Muita gente gosta de dizer que é o aquecimento global, e essa é uma hipótese muito provável, mas não dá para saber, precisamos de estudos mais amplos."
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