Disciplina - Geografia

La Niña

La Niña representa um fenômeno oceânico-atmosférico com características opostas ao El Niño, ou seja, apresenta um esfriamento anormal nas águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical. Este termo La Niña (que quer dizer "a menina", em espanhol), também pode ser chamado de episódio frio, ou ainda El Viejo ("o velho", em espanhol). O termo mais utilizado hoje é: La Niña.

A Circulação de Grande Escala é responsável por todo o clima na Terra. É esta Circulação que transporta calor e umidade de uma região para outra, ou seja, retira a umidade de uma região como os oceanos e florestas e provoca chuvas em outras, a exemplo do Nordeste do Brasil. Com a ocorrência do fenômeno La Niña a Circulação de Grande Escala é modificada, provocando mudanças no clima em diferentes regiões do Planeta.

Em geral, os episódios La Niña também têm frequência de ocorrência em torno de 2 a 7 anos e seus episódios têm periodicidade de aproximadamente 9 a 12 meses. Alguns poucos episódios persistem por mais que 2 anos. Outro ponto interessante é que os valores das anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM) em anos de La Niña têm desvios menores que em anos de El Niño, ou seja, enquanto observam-se anomalias de até 4 ou 5ºC acima da média histórica em alguns anos de El Niño, em anos de La Niña as maiores anomalias observadas não chegam a 4ºC abaixo dessa média histórica.

No Brasil, no ano de ocorrência do fenômeno La Niña faz mais frio principalmente no Acre, Rondônia, no centro-oeste e no sudeste. Na região sul, ocorrem secas de modo geral, ao passo que no litoral do nordeste as chuvas são mais frequentes. Sob a influência do fenômeno La Niña tem ocorrido mais chuvas tempestades, furacões e invernos recordes na América do Norte, chuvas intensas na Índia e na Indonésia enquanto que No Chile e no Peru temos frio e inundações.
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