Disciplina - Geografia

Placas Tectônicas

O relevo, com suas deformações na superfície do terreno, os fenômenos vulcânicos e sísmicos, presentes tanto nos continentes, como no fundo dos oceanos, são provas do dinamismo da Terra. Nosso Planeta não é um corpo estático, ele está em constante atividade. Está sempre sendo modificado, criado, destruído e recriado por uma poderosa dinâmica, provocada por agentes externos relacionados com a atmosfera (o gelo, a neve, a chuva, os ventos), os rios, os mares e os seres vivos, com destaque para o homem. E também pelos agentes internos associados à existência e à movimentação das placas, ocasionado os abalos sísmicos (terremotos e maremotos), o vulcanismo e o tectonismo.

Em 1915, o cientista Alfred Wegener elaborou a teoria sobre a Deriva Continental, segundo a qual os continentes teriam se separado de um único supercontinente, denominado Pangea, envolto por um mar universal, o Panthalassa, e se deslocado até o ponto em que se encontram atualmente. E ainda estariam se afastando, pois existem falhas profundas na crosta terrestre, que não são contínuas. Elas são formadas de placas tectônicas, que estão dispostas lado a lado e que se movimentam, pois estão sobre uma massa pastosa chamada magma. Wegener baseou-se principalmente em estudos e evidências de natureza climatológica para justificar a Teoria da Deriva Continental. Devido a grande revolução científica que ocorreu nos anos 60 com o apoio de inúmeras e novas informações, especialmente no campo da geologia e da geofísica marinha: melhor conhecimento do fundo dos oceanos desenvolvimento do paleomagnetismo, do conceito das falhas transformantes, da localização mais precisa dos terremotos etc. A teoria da Deriva Continental de Wegener pode ser comprovada e serviu de base para outros pesquisadores desenvolverem trabalhos sobre esse tema.

A movimentação e o contato entre as placas tectônicas ocasionam uma série de efeitos que resultam na formação da superfície terrestre. Esta seria uma segunda teoria também defendida por Wegener, a Teoria das Placas Tectônicas. Essa segunda teoria afirma que a superfície terrestre é formada por placas rochosas em constante movimento, que formam os continentes e o piso dos oceanos. As placas deslizam ou colidem uma contra as outras a uma velocidade variável de 1 a 10 cm/ano. Nas regiões onde elas se chocam ou se atritam, crescem os esforços de deformação nas rochas e, periodicamente nesses pontos, acontecem os grandes terremotos. Justamente nos limites das placas tectônicas, ao longo de faixas estreitas e contínuas, é que se concentra a maior parte de abalos sísmicos de toda a Terra. É também próximo das bordas das placas que o material fundido (magma), sobe até a superfície e extravaza ao longo de fissuras, ou através de canais para formar os vulcões. Apesar de os terremotos e vulcões normalmente ocorrerem próximo aos limites das placas, exepcionalmente, podem acontecer super terremotos nas regiões internas das placas. Imensas cadeias de montanhas, tais como a Cordilheira dos Andes e o Himalaia, foram formadas pelo choque de placas tectônicas.

O progresso na detecção de divisão de placas tectônicas desenhou o mapa das placas tectônicas que estão divididas em placas maiores onde estão os continentes, Placa Norte-Americana, Placa da Eurásia, Placa Pacífica, Placa Indoaustraliana, Placa da Antártica, Placa Africana, Placa Sul-Americana e outra menores, como Placa Juan de Fuca, Placa de Cocos, Placa de Nazca, Placa do Caribe, Placa de Escócia, Placa Arábica, Subplaca Pérsica, Subplaca da China, Placa das Filipinas, Placa Carolina, Placa de Bismark.
Atualmente, as pesquisas continuam utilizando a tecnologia, imagens de satélites, equipamento de mergulho que suportam grande pressão para pesquisas submarinas, sismógrafos que medem os abalos com precisão e que podem auxiliar na comprovação e detecção dos movimentos gerados pelas placas. Tudo isso ajuda na previsão da expansão das ondas dos abalos sísmicos, infelizmente o mesmo não ocorre com a previsão do momento do impacto das placas, assim como da erupção de um vulcão.
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