Geografia
19/10/2012
Capitais perdem moradores para municípios vizinhos, aponta Censo
Jornal NacionalO Jornal Nacional está exibindo, nesta semana, uma série de reportagens sobre as informações do Censo de 2010. Nesta quinta-feira (18), o JN mostra que muitos brasileiros estão saindo das capitais rumo a cidades vizinhas.
O estado mais rico do país ainda é o mais procurado pelos migrantes. Mas é preciso saber que parte de São Paulo, de cada dez pessoas que vão morar no estado, só quatro ficam na capital paulista. A cidade de São Paulo acabou se transformando em uma espécie de exportadora de brasileiros para outras cidades do país.
Para cada um que chega, tem dois de malas prontas. Assim, entre 2005 e 2010, a cidade de São Paulo perdeu 387 mil moradores.
“Praticamente todas as metrópoles que passaram por processos de desconcentração industrial, se você olhar o caso de Nova York em 1960 e 1970, Londres, Tóquio, todas as cidades mudaram fortemente o seu padrão demográfico”, explica o demógrafo Haroldo Torres, da Fundação Seade.
O fenômeno é parecido em 18 capitais. O Rio perdeu 132 mil moradores. Belo Horizonte, 106 mil. Mas se você quiser encontrar os ex-habitantes da capital mineira, procure na vizinhança: quatro municípios próximos receberam, juntos, 87 mil novos habitantes. Belém perdeu moradores para a vizinha Ananindeua. Natal, para Parnamirim.
De Goiânia para Aparecida de Goiânia. A cidade brasileira que mais cresceu com a migração viu surgirem shoppings, condomínios e roubou moradores da capital vizinha.
O IBGE constatou que o nordestino continua mudando de região, mas Sergipe e Rio Grande do Norte agora são receptores de migrantes. No Sul, Santa Catarina lidera todas as preferências. E onde tem agricultura, tem brasileiro aparecendo.
Segundo o IBGE, esse movimento rumo a cidades vizinhas não diminuiu a população das capitais porque os números não incluem as crianças nascidas durante a pesquisa.
Esta notícia foi publicada em 18/10/2012 no site g1.globo.com. Todas as informações são de responsabilidade do autor.
