Disciplina - Geografia

Geografia

12/06/2013

Brasil é o país mais protecionista do G-20 e dos Brics

Por Veja

O Brasil é considerado o país mais protecionista entre as 20 maiores economias do mundo, grupo chamado de G-20. O país aparece na 67ª posição do Índice de Abertura de Mercado (OMI, na sigla em inglês), que leva em conta 75 economias. No ranking calculado pela Câmara Internacional de Comércio (ICC, na sigla em inglês), divulgado nesta terça-feira, o país é o pior colocado tanto no G-20 quanto nos Brics (bloco de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Atrás do Brasil aparecem países como Quênia, Paquistão, Venezuela, Uganda, Argélia, Bangladesh, Sudão e Etiópia.

Entre os Brics, o país com menos entraves ao comércio internacional é a África do Sul, que aparece na 50º posição, seguida por China (57 º posição) e Rússia (59ª posição). Os piores colocados foram a Índia (64ª posição) e o Brasil. "Os Brics, que eram considerados os queridinhos do crescimento econômico, estão ficando atrás de outras regiões desenvolvidas quanto ao comércio exterior", aponta o ICC em documento. Com exceção da África do Sul, que atingiu pontuação 3,2, todos os países ficaram entre 2,0 e 3,0. Uma das principais causas para a fraca performance entre essas economias, segundo o relatório, "são políticas restritivas desses países, que têm geralmente tarifas de importação mais elevadas do que a média".

Hong Kong é considerada a economia com maior abertura para o comércio internacional, seguida de Cingapura, Luxemburgo e Bélgica. Entre as nações que compõem o G-20, o país mais bem posicionado é o Canadá, na 19º posição. A Grã Bretanha aparece na 29º posição, os Estados Unidos, na 38º, França, na 35º, e Alemanha, na 22ª. "As economias do G-20, em geral, ficaram abaixo da média global, com uma pontuação média de 3,4".

Entre os países latino-americanos, o Brasil perde apenas para Uruguai e Venezuela. O Chile ocupa o 33º lugar, seguido pelo Peru, Colômbia, México e Argentina.

O ICC publicou nesta terça-feira a segunda edição do índice, divulgado pela primeira vez em 2011. De acordo com o ranking, a média de abertura entre as 75 economias pesquisadas ficou em 3,6, cuja pontuação máxima é 5,0. Para o ICC, "isso indica um leve avanço na comparação com a média de 2011, que foi de 3,5". A pior nota foi 2,0, alcançada por Uganda, Bangladesh, Sudão e Etiópia.
Esta notícia foi publicada no site veja.abril.com.br em 11/06/2013. Todas as informações contidas são de responsabilidade do autor.
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